Pequena coleção de imagens de janelas: fotos,desenhos, pinturas, videos, etc. UNLESS OTHERWISE STATED, I OWN NO COPYRIGHTS TO ANY OF THE VISUAL OR AUDIO CONTENT THAT MIGHT BE INCLUDED IN THIS BLOG. THIS BLOG IS FOR CRITICISM, COMMENTARY, REPORTING & EDUCATIONAL PURPOSES ONLY UNDER THE FAIR USE ACT. Comente, critique, colabore: mande suas fotos de janelas e serão publicadas em seu nome. Obrigado.
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terça-feira, 30 de abril de 2013
Cor & Asociados; Jesus Olivares + Miguel Rodenas - Administration office for the Municipal Confederation of Employers, Albacete 2012. Via the architect, photos (C) David Frutos.
Frog House (Polish- kamienica Pod Żabami) is an example of art nouveau architecture in the city of Bielsko-Biała.
Proposta de muxarabiê pelo Studio MK27, do arquiteto Márcio Kogan, apresentada no
concurso para o novo museu do IMS - Instituto Moreira Salles.
Fonte: Arq!Bacana
Fonte: Arq!Bacana
segunda-feira, 29 de abril de 2013
nationalgeographicmagazine:
Café, Amsterdam | from “My Shot” by Marko Savic“In a hidden street I found this cafe. It looked like a scenography for some movie. I loved the atmosphere and the pictures on the wall. The lighting was really dramatic, and the man with the cigar was in just the right place.”
Minarete e muxarabiê, Sid Bou Said
Muxarabiê é:
Balcão protegido, em toda altura da janela, por uma treliça de madeira, a fim de assegurar ventilação e sombra e, também, de poder olhar para o exterior sem ser observado. Testemunha da influência árabe na arquitetura ibérica, foi trazida pelos portugueses e marca algumas casas coloniais brasileiras.
No nordeste, aparece uma variação do muxarabiê, chamada urupema, que substitui a madeira pela palha trançada.
Fonte: http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/15/02/2009/o-que-e-muxarabie/
Muxarabiê é:
Balcão protegido, em toda altura da janela, por uma treliça de madeira, a fim de assegurar ventilação e sombra e, também, de poder olhar para o exterior sem ser observado. Testemunha da influência árabe na arquitetura ibérica, foi trazida pelos portugueses e marca algumas casas coloniais brasileiras.
No nordeste, aparece uma variação do muxarabiê, chamada urupema, que substitui a madeira pela palha trançada.
Fonte: http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/15/02/2009/o-que-e-muxarabie/
Foto: Nádia Mendes de Moura
Casa com Rótulas
Pilar de Goiás, Goiás, Brasil
Habitação
Rico exemplar da arquitetura colonial goiana, a Casa com Rótulas, conhecida também como Casa da Princesa, foi edificada no século XVIII. É tida como o melhor exemplar residencial de edificação urbana dessa época existente em Goiás. O que mais chama a atenção na casa é o requinte com que foi decorada. Construída em alvenaria de pedra e estrutura de madeira, a edificação ainda hoje apresenta um belo conjunto de rótulas, com bandeiras fixas de madeira talhada, compondo um harmonioso trabalho. O requinte nos detalhes segue no interior, sobretudo nas salas, que apresentam portas e forros de madeira pintados com motivos florais e bucólicos. É protegida pelo estado e pelo IPHAN, que lá mantém e administra o Museu da Casa Setecentista.
Nádia Mendes de Moura
A curiosa Janela de rótulas ou de reixa, na Rua do Ulmo
Fonte: http://grifoplanante.blogspot.com.br/2010/05/pelas-ruas-de-beja-em-17-de-abril-de.html
Fonte: http://grifoplanante.blogspot.com.br/2010/05/pelas-ruas-de-beja-em-17-de-abril-de.html
RÓTULA ou MUXARABIÊ
Rótulas
Durante mais de três séculos, a timidez paulista se escondeu atrás do gradeado árabe-peninsular das rótulas.
Desde as casas pobres de taipa, branqueadas a tabatinga, às casas de andar com revestimentos de azulejos de fazendeiro rico, desde a casa tímida de almotacé à casa larga e espaçosa de ouvidor, por onde houvesse dois olhos a espreitar e uma timidez a se esgueirar, lá estavam as rótulas: esse gradeado de madeira, última recordação dos mucharabiehs árabes, que nos veio do Reino para velar de mistério e encher de penumbra a alma beata e arisca de S. Paulo antigo.
Verde-gaio ou amarelo-gema; baixas, à Mafra, ou altas de balcão à mourisca; com uma cruz de tope ou rendilhando um coração; frustes e lisas na parede caiada ou desenhada entre uma moldura ramalhuda de azulejos portugueses; com o seu postigo de taramela e a sua rodela de couro, lá estavam elas, ocultando uma timidez de rapariga, escondendo uma curiosidade de mulher, tapando uma bisbilhotice de velha.
A rótula foi protetora do amor, a cúmplice do mexerico, a doce confidente dos sentimentos líricos, que se agitaram sob os cabeções de crivo das sinhás de 1830.
Não houve, há setenta anos (N.E.: cerca de 1860, sete décadas antes da publicação da obra), olhar de iaiá paulista que se não enlanguescesse atrás do seu xadrez, ouvindo a ternura de uma serenata de clarineta; muita curiosidade de rapariga de saia-balão, coriscou e espreitou, entre o seu rendado, num pasmo dengue, para uma calça branca de estudante, "faceira e bem posta"; muito olho bisbilhoteiro de beata profissional rebrilhou com malícia e gula, cocando através de seu ralo.
"Tem-se a impressão de que se é espreitado por toda a parte – escreve um viajante francês em 1840 – entretanto as ruas de S. Paulo são quase desertas".
Os olhares estavam por detrás das rótulas.
Esse costume vincou o caráter paulista. O nosso acanhamento tem ainda como causa, além do sangue bugre, arisco e desconfiado, que ainda corre mais ou menos adelgaçado em nossas veias, o crivo claro-escuro das janelinhas e dos balcões de rótulas. A nossa timidez ainda se enrosca entre a sua peneira, a nossa proverbial desconfiança ainda espreita através do seu ralo.
"Ocultarem-se de que? Somos nós um povo de cucas"? Pergunta o Constitucional de 1854, a essa sociedade embuçada em mantilhas de baeta e robições de pano piloto, que espiava por detrás das rótulas de pau.
"É bom refletir sobre o estímulo de tudo que se esconde", termina o mesmo jornal contra as rótulas esconde-pecado.
Mas de nada adiantam os conceitos do Constitucional. Em 1860, nos dias de "procissão do enterro", ainda S. Paulo se iluminava com velas de sebo por detrás das rótulas, diz Egídio Martins. E em 1868 ainda elas velavam muito desalinho de interior e muita bisbilhotice de beata. Castro Alves escreve então, numa carta de impressões paulistas: "Se a poesia está no espreitar de uns olhos negros através das rótulas dos balcões ou através das rendas de uma mantilha, que em amplas dobras esconde as formas das moças (paulistas), então S. Paulo é a terra da poesia".
Em 1873, entretanto, a Câmara Municipal, num edital seco e ríspido, exige a retirada das rótulas, postigos e cancelas no prazo improrrogável de 30 dias, sob pena de 5$000 de multa.
Mas o povo resiste. A imprensa da época protesta: "É um atentado contra o direito de propriedades", grita o Correio Paulistano. "O povo tem o direito de resistência contra as ordens ilegais", incita aquele jornal num violento e indignado artigo defendendo a integridade das rótulas contra o ukase (N.E.: o mesmo que um torpedo disparado) da Câmara.
Mas em 1874 foram-se despregando as primeiras rótulas das janelas paulistas, e foram-se as últimas por volta de 1880. Com elas também se foi todo um passado em que revoavam mantilhas de baeta, dobres de sino de Misericórdia, e que cheirava a cravo da Índia, rapé e a Água de Córdoba.
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0354b.htm
Durante mais de três séculos, a timidez paulista se escondeu atrás do gradeado árabe-peninsular das rótulas.
Desde as casas pobres de taipa, branqueadas a tabatinga, às casas de andar com revestimentos de azulejos de fazendeiro rico, desde a casa tímida de almotacé à casa larga e espaçosa de ouvidor, por onde houvesse dois olhos a espreitar e uma timidez a se esgueirar, lá estavam as rótulas: esse gradeado de madeira, última recordação dos mucharabiehs árabes, que nos veio do Reino para velar de mistério e encher de penumbra a alma beata e arisca de S. Paulo antigo.
Verde-gaio ou amarelo-gema; baixas, à Mafra, ou altas de balcão à mourisca; com uma cruz de tope ou rendilhando um coração; frustes e lisas na parede caiada ou desenhada entre uma moldura ramalhuda de azulejos portugueses; com o seu postigo de taramela e a sua rodela de couro, lá estavam elas, ocultando uma timidez de rapariga, escondendo uma curiosidade de mulher, tapando uma bisbilhotice de velha.
A rótula foi protetora do amor, a cúmplice do mexerico, a doce confidente dos sentimentos líricos, que se agitaram sob os cabeções de crivo das sinhás de 1830.
Não houve, há setenta anos (N.E.: cerca de 1860, sete décadas antes da publicação da obra), olhar de iaiá paulista que se não enlanguescesse atrás do seu xadrez, ouvindo a ternura de uma serenata de clarineta; muita curiosidade de rapariga de saia-balão, coriscou e espreitou, entre o seu rendado, num pasmo dengue, para uma calça branca de estudante, "faceira e bem posta"; muito olho bisbilhoteiro de beata profissional rebrilhou com malícia e gula, cocando através de seu ralo.
"Tem-se a impressão de que se é espreitado por toda a parte – escreve um viajante francês em 1840 – entretanto as ruas de S. Paulo são quase desertas".
Os olhares estavam por detrás das rótulas.
Esse costume vincou o caráter paulista. O nosso acanhamento tem ainda como causa, além do sangue bugre, arisco e desconfiado, que ainda corre mais ou menos adelgaçado em nossas veias, o crivo claro-escuro das janelinhas e dos balcões de rótulas. A nossa timidez ainda se enrosca entre a sua peneira, a nossa proverbial desconfiança ainda espreita através do seu ralo.
"Ocultarem-se de que? Somos nós um povo de cucas"? Pergunta o Constitucional de 1854, a essa sociedade embuçada em mantilhas de baeta e robições de pano piloto, que espiava por detrás das rótulas de pau.
"É bom refletir sobre o estímulo de tudo que se esconde", termina o mesmo jornal contra as rótulas esconde-pecado.
Mas de nada adiantam os conceitos do Constitucional. Em 1860, nos dias de "procissão do enterro", ainda S. Paulo se iluminava com velas de sebo por detrás das rótulas, diz Egídio Martins. E em 1868 ainda elas velavam muito desalinho de interior e muita bisbilhotice de beata. Castro Alves escreve então, numa carta de impressões paulistas: "Se a poesia está no espreitar de uns olhos negros através das rótulas dos balcões ou através das rendas de uma mantilha, que em amplas dobras esconde as formas das moças (paulistas), então S. Paulo é a terra da poesia".
Em 1873, entretanto, a Câmara Municipal, num edital seco e ríspido, exige a retirada das rótulas, postigos e cancelas no prazo improrrogável de 30 dias, sob pena de 5$000 de multa.
Mas o povo resiste. A imprensa da época protesta: "É um atentado contra o direito de propriedades", grita o Correio Paulistano. "O povo tem o direito de resistência contra as ordens ilegais", incita aquele jornal num violento e indignado artigo defendendo a integridade das rótulas contra o ukase (N.E.: o mesmo que um torpedo disparado) da Câmara.
Mas em 1874 foram-se despregando as primeiras rótulas das janelas paulistas, e foram-se as últimas por volta de 1880. Com elas também se foi todo um passado em que revoavam mantilhas de baeta, dobres de sino de Misericórdia, e que cheirava a cravo da Índia, rapé e a Água de Córdoba.
Fonte: http://www.novomilenio.inf.br/santos/h0354b.htm
domingo, 28 de abril de 2013
Pierre Bonnard (French, 1867-1947), The Artist’s Studio, 1900. Oil on wood, 61.5 x 74.8 cm. National Gallery of Art, Washington, D.C.
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